quinta-feira, 26 de julho de 2007

excessos


Tomando café da manhã com o Dudu, ele me pergunta se pode comer pudim.

Pudim no café da manhã, pode?

Expliquei pra ele que açúcar não é bom em excesso, que quanto mais açúcar a gente come, mais quer, porque nos dá uma sensação muito boa, mas logo passa, e queremos de novo, e de novo...

Crianças irritadas, elétricas, podem estar comendo açúcar demais.Desequilíbrio, acho que é a melhor definição pra ele.

Como nunca gostei muito, pra mim é fácil falar, mas tentei ser o mais clara possível pro meu filho, que tudo em excesso, faz mal, até amar demais.

O papo acabou, passei pelo espelho do banheiro e comecei a rir de mim mesma, e pensei na minha mãe, ah, se ela me visse!

Os cabelos despenteados, a unha pra fazer, pijamão, eu estava muito à vontade, mas isso pra minha mãe seria puro relaxo.

Cresci ouvindo que mulher tem que estar o tempo inteiro maquiada, unha feita, sair de chinelo? Nunca! Salto alto, sempre! Você nunca sabe quem vai encontrar na esquina, filosofava ela.

Ainda bem que cresci e aprendi que ser mulher é muito mais que isso, e que a felicidade não está na cor do esmalte.

Controlar os excessos é fundamental. Difícil, mas necessário, esteja bem no seu salto agulha ou no chinelinho de quarto, olhe no espelho; olho no olho mesmo; lá no fundo e pergunte o que você é, pra onde quer ir, se está fazendo certo, ou quer mudar, quer mudar? Chuta tudo e muda bicho!

AMOR, QUERER, PODER, MUDAR, ESCOLHER, PRAZER, você tem mais alguma palavra que pode fazer diferença nessa nossa vida maluca e curta?

Um beijo meus queridos.

Um comentário:

Fábio Shiraga disse...

"...a felicidade não está na cor do esmalte."

Esta é a idéia. Eu sofri um tempo com pressão idiota de pessoas que gostariam que eu me vestisse como gente grande. Eu ainda fico com meus sapatos confortáveis e minhas camisetas velhas.